quarta-feira, 17 de junho de 2015

Sabe, sou incurável. Irremediável. Irrecuperável.
Não sei medir expectativas, não sei dosar a entrega, Me pego no meio da noite, do dia e da manhã (nessa ordem), me detestando. Me abominando por soltar a imaginação, criando estratégias estúpidas pra algo que não é uma via de mão dupla. É apenas uma avenida de único sentido - o meu sentido.
E me sinto suja, feito resíduo que não faz diferença e acaba no entulho.
Mas ok, amanhã acordo com lampejos de esperança, visto de novo o meu cachecol de expectativas. Talvez te lance um sorriso de confiança e me engatinhe de volta pra ilusão do seu corresponder, da sua equivalência.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Não posso caminhar
Mas sei que devo
Me disse disseram que devo
Pra perder e ganhar
Peso, medidas, sonhos e amores
Só não sei por onde começar
E se começar
Onde tudo isso há de dar?
Onde os caminhos vão me levar
Ou talvez, lavar: 
Os cabelos, as mãos, os pés, a alma
Vou conseguir enxergar?
E se eu não souber por onde ir
E se de repente não quiser arriscar
Tiver medo e querer voltar
Voltar a ser aquilo que sempre fui
O novo nunca me atraiu
E aí como faço, posso te chamar?
E se eu cair?
Não sei se posso levantar
E se eu não amar?
Nem aquilo que não tenho
Nem aquilo que tenho por fazer
E se nem as medidas eu perder
Será que terei mais pra andar
Não sei
Temo que se caminhar mais
Não chegarei a lugar nenhum
E se parar vou me perder
Por isso escrevi, pra qualquer dia saber que cheguei
Ou que caminhei
Pra me lembrar que com você
Ou sem você
De alguma forma trabalhei
E que o destino possa me surpreender
E me dar aquilo que até agora só sonhei